Liturgia Diária:
Dia 18/06/2024 - Terça-feira
Evangelho: Mateus 5,43-48
“Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.’
Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem,
para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.
Pois, se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?
Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.”
Reflexão:
No Evangelho de hoje, Jesus nos apresenta um dos desafios mais profundos da vida cristã: amar os inimigos. Ele nos chama a ir além do amor humano natural, que facilmente ama os amigos e odeia os inimigos, e a alcançar a perfeição do amor divino.
“Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” Esta instrução radical de Jesus nos convida a refletir sobre a verdadeira natureza do amor cristão. Santo Agostinho nos ensina que o amor aos inimigos é a marca distintiva dos filhos de Deus, pois imita o amor perfeito e incondicional de Deus por toda a humanidade. Orar pelos inimigos é uma forma de purificar nosso coração do ódio e do rancor, e pedir a Deus que transforme também o coração deles.
Jesus nos lembra que Deus “faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.” Esta imagem nos mostra a generosidade universal de Deus, que não faz acepção de pessoas. São Tomás de Aquino explica que o amor de Deus é universal e imparcial, e nós, como seus filhos, somos chamados a refletir essa mesma universalidade em nosso amor.
“Se amardes os que vos amam, que recompensa tereis?” Jesus nos desafia a superar o amor condicional e limitado que até mesmo os pecadores praticam. O amor cristão deve ser extraordinário, abrangendo até aqueles que nos causam dor e sofrimento. São João Crisóstomo comenta que amar aqueles que nos amam é natural, mas amar os inimigos é uma demonstração de graça divina operando em nós.
“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Este chamado à perfeição é um convite à santidade, a aspirar a um amor que não conhece limites. Santo Ambrósio nos ensina que a perfeição cristã está no amor, pois Deus é amor (1 Jo 4,8). Alcançar essa perfeição é um processo contínuo de crescimento espiritual, alimentado pela graça de Deus e pela prática constante das virtudes cristãs.
Os ensinamentos de Jesus nos desafiam a transformar nosso coração e nossas ações, vivendo um amor que é reflexo do amor perfeito de Deus. Este amor universal e incondicional é o fundamento do Reino de Deus e a verdadeira essência do cristianismo.
Pensamentos para Reflexão Pessoal:
1. Como posso praticar o amor aos inimigos em minha vida diária, superando o ódio e o rancor?
2. De que maneiras posso demonstrar um amor universal e imparcial, refletindo a generosidade de Deus?
3. Estou disposto a buscar a perfeição cristã no amor, seguindo o exemplo de Jesus e aspirando à santidade?
Mensagem final:
Que possamos abraçar o desafio de Jesus de amar nossos inimigos, vivendo um amor perfeito e universal que reflete o coração de Deus. Que este amor nos conduza à santidade e à verdadeira paz interior, sendo testemunhas autênticas do Reino de Deus.
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