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A Justiça que Supera

Liturgia Diária:

Dia 23/02/2024 - Sexta-feira

 

Evangelho: Mateus 5,20-26

"Porque eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino dos céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: 'Não matarás; e quem matar estará sujeito a julgamento.' Mas eu vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem disser a seu irmão: 'Raca', será levado ao conselho; e quem lhe disser: 'Louco', estará sujeito ao fogo do inferno. Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e então, vindo, oferece a tua oferta. Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, para que o adversário não te entregue ao juiz, e o juiz ao guarda, e sejas lançado na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali, até que pagues o último centavo."


A ilustração captura a cena de Jesus ensinando sobre a reconciliação e a justiça no Sermão da Montanha, conforme descrito em Mateus 5:20-26. Destaca-se a importância da reconciliação entre indivíduos com Jesus guiando a cena, iluminado pela luz suave do amanhecer ou entardecer, simbolizando um novo começo e a luz da verdade.

 

Reflexão:

Este trecho do Sermão da Montanha nos apresenta um dos ensinamentos mais desafiadores de Jesus. Ele eleva o padrão da justiça exigida para entrar no Reino dos Céus, indicando que ela deve superar a dos escribas e fariseus, notórios por sua rigidez na observância da Lei. São João Crisóstomo, em seus comentários, enfatiza que Jesus não anula a Lei, mas a completa, elevando a justiça exterior a uma justiça do coração, que busca a reconciliação e o amor fraterno.

Jesus expande o mandamento "Não matarás", mostrando que a raiva e o insulto são tão graves quanto o ato de matar, pois ambos nascem de um coração que não está em paz com o irmão. Esta interpretação radical nos desafia a examinar nossas atitudes e palavras, reconhecendo que a verdadeira justiça divina está na purificação do coração e na busca ativa pela paz.

A exortação à reconciliação antes de oferecer a oferta no altar sublinha a importância que Deus dá às relações interpessoais. O culto a Deus não se resume a rituais e sacrifícios, mas inclui a vivência do amor e da misericórdia no dia a dia. Santo Agostinho nos lembra que a oferta mais agradável a Deus é um coração reconciliado, livre de ressentimentos e em harmonia com o próximo.

Esta passagem nos convida a refletir sobre como nossa justiça pode exceder a dos escribas e fariseus. Não se trata apenas de seguir regras externas, mas de cultivar uma interioridade que reflete o amor e a compaixão de Cristo. A justiça do Reino é marcada pela capacidade de perdoar, buscar a reconciliação e viver em paz com todos, superando as divisões e ressentimentos.

 

Pensamentos para Reflexão Pessoal:

1. De que maneira posso trabalhar para que minha justiça seja não apenas exterior, mas reflita uma transformação interior profunda?

2. Como posso buscar a reconciliação de forma prática com aqueles com quem tenho conflitos ou desentendimentos?

3. Qual é o papel do perdão na construção de uma comunidade de fé mais justa e unida?

 

Mensagem final:

Que a busca pela justiça que excede a dos escribas e fariseus nos inspire a uma profunda conversão do coração, onde o amor e a reconciliação prevaleçam. Que nossas ações e palavras reflitam a justiça do Reino, guiando-nos por um caminho de paz e fraternidade verdadeira neste dia.

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