Liturgia Diária:
Dia 10/06/2024 - Segunda-feira
Evangelho: Mateus 5,1-12
Vendo Jesus a multidão, subiu ao monte, e, sentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos,
e, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sereis quando vos injuriarem e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande a vossa recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.”
Reflexão:
O Evangelho de hoje nos apresenta as Bem-Aventuranças, um dos ensinamentos mais profundos e inspiradores de Jesus Cristo. As palavras de Jesus, proferidas no Sermão da Montanha, desafiam nossa compreensão mundana de felicidade e sucesso. A verdadeira bem-aventurança não está nas posses materiais ou na aprovação dos outros, mas sim em um coração humilde e em sintonia com a vontade de Deus.
Jesus começa com “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Esta bem-aventurança nos chama a reconhecer nossa dependência total de Deus, em vez de confiar em nossas próprias forças. São Tomás de Aquino nos ensina que a humildade é a base de todas as virtudes, pois nos abre para a graça divina.
Os mansos, aqueles que renunciam à violência e à arrogância, são prometidos a posse da terra. Esta é uma referência ao Salmo 37,11, onde os mansos herdarão a terra e desfrutarão de paz abundante. A mansidão, como exemplificada por Cristo, não é fraqueza, mas força sob controle, uma disposição pacífica mesmo diante da injustiça.
Os que choram, aqueles que lamentam pelas suas próprias falhas e pelos sofrimentos do mundo, são consolados por Deus. Santo Agostinho enfatiza que o verdadeiro consolo vem do arrependimento sincero e da busca pela misericórdia de Deus.
A fome e sede de justiça reflete um desejo profundo por santidade e retidão. São Basílio nos lembra que essa justiça não é apenas uma questão legal, mas uma conformidade com a vontade divina, manifestada em atos de amor e caridade.
Os misericordiosos recebem a misericórdia divina. São João Crisóstomo comenta que ao sermos misericordiosos com os outros, refletimos a própria natureza de Deus e, assim, nos tornamos dignos de sua misericórdia.
Os limpos de coração, que possuem intenções puras e vivem em integridade, verão a Deus. Santo Ambrósio nos ensina que a pureza do coração é alcançada através da oração e da vida sacramental.
Os pacíficos, os que promovem a paz em suas relações, são chamados filhos de Deus. São Gregório de Nissa nos recorda que a verdadeira paz é a ausência de malícia e a presença do amor divino.
Finalmente, aqueles que são perseguidos por causa da justiça e por seguirem a Cristo têm a promessa do Reino dos Céus. Padre Pio nos lembra que a perseguição por amor a Cristo é um sinal de união profunda com Ele, e a nossa recompensa será grande no céu.
Pensamentos para Reflexão Pessoal:
1. Como posso cultivar a humildade em minha vida diária, reconhecendo minha dependência de Deus?
2. Em que áreas da minha vida posso exercer mais mansidão e paciência?
3. Como posso ser um agente de paz e misericórdia nas minhas relações com os outros?
Mensagem final:
Que as Bem-Aventuranças de Jesus nos inspirem a viver conforme a vontade divina, buscando a verdadeira felicidade que vem de um coração puro e uma vida em Cristo.
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